domingo, 9 de outubro de 2011

Tipos de Meditação



Existem infinitas formas de meditação, derivadas de duas formas básicas:

Meditação Livre: Não é conduzida por nenhum instrutor, nem se usa fitas gravadas ou instruções, apenas o meditante se senta e deixa que os pensamentos fluam livremente, em silêncio.

Meditação Dirigida: É uma meditação conduzida por um instrutor do início ao fim, ou é dirigida por meio de gravação com a voz do instrutor, ou com a própria voz do meditante. Quando as instruções da meditação incluem imagens, entra no campo da visualização.

Ambas as formas de meditação podem ser auxiliadas por:
  • Silêncio total ou música suave.
  • Sons de água, sinos, vento, animais (o som da baleia, por exemplo).
  • Aromas e/ou cores.
  • Mantras.
  • Pontos focais de meditação.
Mantras são sons ou sequência de sons silábicos, que se repetem muitas e muitas vezes. Mesmo que conheçam o significado das palavras, muitas pessoas preferem entoar mantras no seu idioma de origem, pois uma frase conhecida (no próprio idioma do meditante) pode privilegiar o pensamento racional, que não é o objetivo da meditação. Um ponto focal de meditação é um objeto, uma imagem, uma vela, ou mesmo uma flor ou planta, onde o praticante concentra seu ângulo de visão e se põe a meditar. Na meditação, as imagens não são usadas para fins de adoração (o Deus cristão, ou deuses de outras religiões), mas apenas como ponto de referência e de concentração. Os pontos focais de meditação auxiliam o praticante a não dispersar sua atenção e suas energias, por exemplo, com pessoas entrando e saindo do recinto, vozes, ou objetos espalhados pelo ambiente. No zen budismo, não há ponto focal, senão simplesmente a parede nua, simbolizando o vazio, para onde o praticante se volta para meditar.
É o que ensina Petrucio Chalegre, praticante zen há 27 anos e diretor da Fundação Todatsu. Segundo Chalegre, “a prática da meditação existe em todas as linhas budistas mais antigas, com poucas exceções”. E dá exemplos: “Podemos dizer que as linhas principais diferem em termos de métodos de treinamento, umas mais monásticas (theravada), outras mais voltadas aos leigos (mahayanas), outras ainda com práticas elaboradas de visualizações (vajrayana), mas com um substrato comum bem estabelecido.
No zen, diz ele, se dá principalmente “a imobilidade física e o esvaziamento mental”, para deixar de lado “todos os juízos e pensamentos”. Quanto à frequência, “a prática” pode ser bem intensiva, todos os dias e, nos mosteiros, ela acontece várias horas por dia”, diz o zen budista.
Há infinitas variações da técnica de meditação, a qual pode ser feita individualmente ou em grupo. O que varia são os temas ou enfoques escolhidos como auxiliar na técnica, como os temas religiosos, hindus, budistas, católicos, mas isto não deve atrelar a meditação a qualquer religião, devendo ela ser vista como uma técnica terapêutica, antes de tudo.

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