domingo, 9 de outubro de 2011

ESTUDOS SOBRE A MEDITAÇÃO


O médico norte-americano William Collinge define meditação como “uma prática simples e tranquila, que encerra um poder extraordinário para auxiliar na resistência à doença e manter a saúde em geral”. Mas a meditação é muito mais que isso. Ela proporciona ao praticante o que Clarissa P. Estés, psicóloga junguiana, chama de “o retorno ao lar”, ou seja, a volta apara dentro de si mesmo, para um ponto só acessado pelo indivíduo, em condições de absoluta serenidade. Muitas doenças são auxiliadas por essa sensação de volta para casa, porque a meditação faz o caminho contrário.

Hoje em dia, a sociedade moderna exige que o homem se afaste de seu eu interior, usando uma ou várias máscaras, a ‘persona’, a forma como nos comportamos em sociedade. Sentimos como medo, insegurança, desejos, tristezas, não podem ser manifestados, por exemplo, em uma sala de reuniões. Para sobreviver ao trabalho, o homem tende a agir de maneira que não é, porque alguns sentimentos não são politicamente corretos de serem expostos. A sociedade considera ‘de mau gosto’ falar de assuntos pessoais ou considerados ‘delicados’. E, geralmente, temas delicados são os temas verdadeiros, que o indivíduo vai adiando até encontrar o estresse. Isso colabora para que o homem se sinta sozinho com seus problemas, fragmentado, distanciado de sua verdadeira natureza.

A meditação é uma técnica que faz com que o indivíduo recupere e mantenha seu eixo, um centro, para onde pode retornar quando quiser. É como a ponta do compasso, que se bem fincada consegue traçar círculos perfeitos, sem que ela (o eixo) saia do lugar. Depois de anos de prática, a pessoa consegue se manter em seu eixo, mesmo estando no convívio social. Isso diminui a tensão e, consequentemente, fortalece as defesas imunológicas. É uma reação em cadeia que proporciona, muitas vezes, a cura de uma doença. É assim que a meditação o equilíbrio psíquicos e esta técnica é fundamental no controle da dor, que é a manifestação física de um desconforto antes sentido pela mente, em muitos casos.

O Dr. Howard Fields, da Universidade da Califórnia, diz que o relaxamento, que é cerne da meditação, relaxa a tensão muscular que em geral contribui para a dor. E que a ansiedade envolvida na antecipação da dor, ou em pensar que a dor nunca irá passar, é o que causa a contração muscular. A meditação também modifica a respostas à dor, que é mais do que uma sensação física, é algo experimentado na emoção.

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