segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Oficinas Temáticas Livres de Dança do Ventre Terapêutica - Programa Arte e Movimento


Depoimento de Paula de Freitas Azevedo


"Gostei muito do curso, a professora Silvana Salvador nos entusiasma e nos ensina muito mais do que só a dança, ela nos ensina coisas para a vida em vários aspectos. Gostei do espelho que foi instalado pela Central de Apoio do CEFORTEPE na sala, pois ele fez muita falta no primeiro semestre. Gostaria muito que a oficina tivesse continuidade no ano que vem. O blog está muito bom, nos deixa mais inteiradas com a cultura árabe, técnicas de relaxamento, respiração, dúvidas que surgem na sala são explicadas no blog etc..."

Depoimento de Luciana Cristina T. Freitas - CEMEI Lídia Bencardini Maselli


"Gostei muito da oportunidade de fazer parte da oficina. A professora Silvana Salvador é muito comunicativa, atenciosa, facilitando ainda mais o nosso desenvolvimento. A forma como as aulas são trabalhadas é ótima: alongamento, relaxamento, deixam as aulas maravilhosas. Temos acesso ao blog, o qual nos traz muitos conhecimentos além da dança. Estou adorando a oficina, é a primeira vez que participo deste tipo de aula e posso dizer que o retorno está sendo excelente. Espero que para o próximo ano seja oferecida essa oficina e que mais colegas possam se interessar e sentir como é bom! Posso dizer que toda sexta-feira fico contente em ir à oficina, é um momento muito especial para mim".

Depoimento de Ronita Rodrigues Silva - CIMEI Anita Affonso Ferreira


"Comecei a participar da oficina no segundo semestre de 2011, e já observei as mudanças visíveis na desenvoltura cinestésica dos meus movimentos, especificamente na região do abdomen. Espero que o ano que vem a oficina continue".

Depoimento de Eliane Pessoa


"A Oficina de Dança do Ventre Terapêutica foi uma ótima ideia oferecida. Pelo interesse das pessoas inscritas dá para notar que as profissionais da educação precisam de uma atividade diferente para lazer e descontração. A professora Silvana Salvador foi muito talentosa, atenciosa e graciosa com a equipe desde o momento em que nos informou o intuito e proposta da oficina às atividades da aula. Está de parabéns! O espaço para a aula ficou bem melhor depois que mudamos para a sala 10, ainda mais agora com os espelhos que solicitamos à Central de Apoio do CEFORTEPE instalados. Estar aqui na oficina vale muito a pena e o programa deve continuar por longa data".

domingo, 27 de novembro de 2011

Depoimento de Cilmara Collaço - Central de Apoio do CEFORTEPE




"A oportunidade de estar praticando uma atividade relacionada à dança foi o que me motivou a participar da Oficina livre de dança do ventre terapêutica e o que encontrei foi mais do que a dança como linguagem do próprio corpo. O trabalho conjunto com processos de alongamento e relaxamento foram essenciais na busca da harmonia e dos equilíbrios físico e mental. Os benefícios da prática da oficina são inúmeros e ajudam o melhor funcionamento do corpo como um todo agregando valor à vida humana.

As informações do blog fundamentam a prática e proporciona a socialização do grupo que tem interesses em comum. Fico feliz com a perspectiva de continuidade deste trabalho para o próximo ano pela professora Silvana Salvador".

Depoimento de Vivian Leoni - CEMEI Corujinha



Participei de poucos encontros nesta oficina, pois me inscrevi recentemente, mas já tive grandes experiências. A dança, por si só, já traz grandes benefícios e, além dela, também temos um momento de meditação que nos proporciona importantes momentos de relaxamento mental. Além dos encontros semanais, as Oficinas Livres de Dança do Ventre Terapêutica tem um blog com diversos textos e vídeos que complementam nossos estudos. Tenho gostado muito das aulas que têm nos proporcionado momentos prazerosos. Em especial, gostaria de fazer referência à professora Silvana Salvador que com sua alegria, competência e gentileza nos orienta pacientemente em nossas dificuldades.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Depoimento de Eliana Perin Mielli - EMEI Prof. José Villagelin Neto


"Considero a oferta das Oficinas Livres de Dança do Ventre Terapêutica como providencial. Se as pessoas (que gostem de algum tipo de dança, no mínimo) tivessem ideia dos benefícios que essas horas nos proporcionam... se esforçariam em vir conhecer, participar e usufruir! Fiquei muito satisfeita ao ver que o que pedimos (os espelhos!!) à Central de Apoio do CEFORTEPE foi prontamente providenciado! A sala ficou muito mais agradável e adequada. Os benefícios da prática dos exercícios de alongamento, os minutos de relaxamento, é tudo muito bom e saudável. A dança em si nos traz alegria pelo incentivo aos movimentos que expressam e reforçam a feminilidade. A música, que tem a capacidade de nos fazer sentir a alegria de ouvir, sentir, viver! A existência do blog vem completar uma experiência nova para mim. É ótimo poder aprender por meio das novas tecnologias assuntos que nos interessam! Espero que haja as Oficinas Livres de Dança do Ventre Terapêutica no próximo ano, com maior divulgação, com a participação de um número muito maior de pessoas, para que estas também possam se beneficiar do que usufruimos aqui no decorrer deste ano".

Depoimento de Maria Cristina Azoni - EMEF Pe. Francisco Silva


"Comecei a fazer a Oficina Livre de Dança do Ventre Terapêutica este ano e amei, isto porque, além da dança, temos momentos de relaxamento que são muito importantes para o nosso dia-a-dia. Além das aulas, podemos estar sempre informadas com assuntos interessantes inerentes a dança no blog da Oficina Livre. A professora Silvana é excelente, sempre pronta e muito talentosa. Nossa sala com os espelhos ficou super ótima. Espero poder continuar no ano que vem".

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Respiração, Relaxamento e Cura



Existe um impulso de autocura que é inato em nosso corpo, mente e espírito. O sistema oriental de cura, baseia-se no aumento desta energia curativa inata, chamada de Prana ou Chi. Durante muitos anos acreditamos que a doença vinha de fora e nos atacava: eramos vítimas desamparadas. Estamos percebendo hoje, muito embora a doença possa vir de fora como um vírus, por exemplo, o mecanismo de autocura interno é o que efetiva a cura. O melhor e mais poderoso medicamento já existe em nós. Nos resta aprender a utilizar este recurso.

Assumir a responsabilidade pela própria saúde é a melhor opção. Pesquisas recentes em todo o mundo apontam para a veracidade deste fato. Uma dieta apropriada, exercícios regulares e relaxamentos constantes para administrar o estresse diário formam a receita para manter ou restabelecer a saúde.

O relaxamento e o Pranayama da Índia são técnicas para aumentar e melhorar a saúde, fáceis de aprender e simples de usar. Estas práticas modificam e aceleram o mecanismo fisiológico e bioenergético do corpo. Os sistemas antigos, filosóficos e médicos, encorajam e demandam a responsabilidade por parte da pessoa que está buscando manter ou aumentar a saúde. O ato de cuidar de si próprio é uma das características mais importantes dos sistemas orientais e tradicionais de cura. Estes antigos sistemas de cura e desenvolvimento pessoal, em sua maioria utilizam várias técnicas, entretanto o nível preliminar de prática só requer:

  • a prática de respiração;
  • o relaxamento;
  • a prática do movimento suave;
  • a auto massagem.

Estas técnicas são fáceis de aprender, fáceis de se auto aplicar e não requerem nenhum conhecimento ou treino especial. Podem ser praticadas diariamente por todas as pessoas (doentes ou sadias), sem tomar muito tempo ou despender muita energia, e oferecem resultados extraordinários. Na realidade, tais técnicas dão ao indivíduo mais energia porque a função dos órgãos e glândulas é harmonizada e regenerada, e dão mais tempo porque haverá menos fadiga e esquecimento.

Procure incorporar estas práticas ao seu dia. As considere tão central em seu dia como o resto que faz diariamente: tomar banho, escovar os dentes etc. Comece com alguns minutos e vá aumentando conforme sentir que quer e pode. Evite que se torne uma prática cansativa ou aborrecida. Componha seu próprio esquema de prática. Mude a ordem. Você é a melhor pessoa para ajeitar sua prática do seu modo. Comece com alguns exercícios físicos, então faça um exercício respiratório e termine com o relaxamento. Ou mude tudo: seja o criador de sua prática. Busque orientação e apoio, mas evite sistemas muito rígidos cujos mestres e professores deduzem que o modo deles é o único ou o mais correto. Durante a prática não se afaste de sua zona de conforto. Só aumente a intensidade de sua prática quando sentir que pode e ainda é fácil e agradável. Vá se capacitando aos poucos. Se exigir muito de si logo a princípio, vai criar um motivo para parar com a prática.

É incomum a nós do mundo ocidental a importância das técnicas respiratórias. Afinal respiramos o tempo todo e parece tolo colocar a atenção na respiração. Parece, mas não é. Perceba agora a sua respiração. É profunda ou superficial? Sua postura física encoraja ou restringe a entrada do ar? Se atentar cuidadosamente verá que está utilizando apenas um quarto ou menos de sua capacidade pulmonar. Só o fato de voltar a atenção para a própria respiração já traz benefícios fisiológicos e o aumento do volume de ar respirado.

Quando alternamos o volume de ar nos pulmões, o ritmo respiratório e focamos a atenção para tornar a respiração um ato voluntário, muitas mudanças fisiológicas benéficas acontecem. Além disso, a respiração é uma fonte para a captação do oxigênio que é o elemento fundamental para a produção de energia.

De um ato inconsciente podemos tirar um proveito centenas de vezes maior se o tornarmos consciente. Uma saúde boa pode se tornar ainda melhor e a doença pode ser afastada apenas com alguma prática diária de exercícios respiratórios.

Sugestão de prática da respiração abdominal:

  • Manutenção da saúde: 6 a 10 repetições, 2 a 3 sessões por dia.
  • Aumento da saúde: 6 a 10 repetições, 4 a 6 sessões por dia.
  • Em caso de doença: Comece com algumas repetições e vá aumentando até 15 a 20 repetições, em 10 a 15 sessões por dia.

A técnica abaixo de Respiração Alternada é um Pranayama muito usado em aulas de yoga. A Respiração Alternada sem retenção do ar é chamada de Nadi Sodhana, e quando é feita com a retenção do ar leva o nome sânscrito de Anuloma Viloma.

Nadi Sodhana: Se puder, sente-se com a coluna reta e o corpo relaxado. Utilize o dedo indicador para tapar ora uma ora outra narina. Pare ao sentir cansaço. Aos poucos, com a prática diária, vá aumentando as repetições.

  • Expire lenta e profundamente pelas duas narinas;
  • inspire silenciosamente pela narina esquerda, tapando a narina direita;
  • pare por um ou dois segundos, não mais que isso;
  • expire silenciosamente pela narina direita;
  • quando os pulmões estiverem vazios, inspire imediatamente pela narina direita, também o mais silenciosamente possível;
  • aguarde um ou dois segundos;
  • expire pela narina esquerda, lenta e silenciosamente;
  • e assim sucessivamente.

  1. Expirar pela esquerda;
  2. inspirar pela esquerda;
  3. expirar pela direita;
  4. inspirar pela direita;
  5. expirar pela esquerda
  6. inspirar pela esquerda etc.

Obs: Evite praticar este Pranayama após as refeições, espere no mínimo meia hora.

Pesquisas recentes indicam a possibilidade de essa prática ajudar no equilíbrio dos dois hemisférios cerebrais. Depois de dois ou três minutos de prática deste Pranayama, é possível sentir-se um calor no rosto que é um indício de que a respiração celular foi estimulada e que se alcançou um dos objetivos deste Pranayama: o aumento de Prana (energia vital).

Sugestão de prática:

  • Manutenção da saúde: 10 a 12 repetições, 2 a 3 sessões por dia.
  • Aumento da saúde: 10 a 12 repetições, 4 a 6 sessões por dia.
  • Em caso de doença: Comece com algumas repetições, 2 a 3 sessões por dia e aos poucos aumente para 15 a 20 repetições, 8 a 10 sessões por dia.

Chegar a um estado de relaxamento profundo é um desafio para muitos de nós, viciados em tensão de todas as formas: preocupações, obrigações, excesso de trabalho, comportamentos compulsivos, ansiedade, inquietação, pressa etc. Existem vários métodos de relaxamento, um deles é o Relaxamento Progressivo. A beleza desta técnica é sua extrema simplicidade e capacidade de manter a mente alerta e focada.

Todas as formas de relaxamento apressam a recuperação da saúde e nos libertam do estresse diário. Se utilizado em conjunto com alguma técnica respiratória, os benefícios são ainda maiores. São instrumentos curativos por excelência que você pode utilizar agora, a custo zero, para reabilitar sua saúde e regenerar os órgãos e as glândulas deficientes. Se gozar de boa saúde, faça uso destas técnicas também para manter sua imunidade, aumentar seu bem estar geral e rejuvenescer.

Relaxamento Progressivo:

Comece fazendo algumas respirações lentas e profundas, no mínimo 5 vezes. Então repita em voz alta para você mesmo as seguintes mensagens:

  • Minhas mãos e braços estão pesados e quentes. (5 vezes)
  • Meus pés e pernas estão pesados e quentes. (5 vezes)
  • Meu abdome está morno e relaxado. (5 vezes)
  • Minha respiração está lenta e profunda. (10 vezes)
  • A batida do meu coração está forte, tranquila e regular. (10 vezes)
  • Minha testa está lisa e fresca. (5 vezes)
  • Quando eu abrir meus olhos, eu permanecerei relaxado. (3 vezes)

Sugestão de prática:

  • Manutenção da saúde: 2 a 3 sessões por dia.
  • Aumento da saúde: comece com 2 a 3 sessões e aumente para 6 a 10 sessões por dia.
  • Em caso de doença: comece com 2 a 3 sessões e aos poucos aumente para 10 a 15 sessões por dia. Até que esteja bem terá tempo para fazer as respirações e os relaxamentos. Os ganhos serão inestimáveis.


Os Benefícios da Respiração Abdominal



A respiração tem uma relação íntima com os nossos estados emocionais, basta pensarmos que, quando estamos aflitos, ansiosos, com medo, a nossa respiração se torna mais rápida e superficial. Assim, podemos dizer que, regra geral, a nossa respiração é afetada pelo nosso estado emocional ou psicológico. Mas, aquilo de que nem sempre somos conscientes é que esta relação também pode ser usada no sentido inverso: a respiração pode ser usada como forma de entrar em estados de relaxamento e tranquilidade.

Stanislav Grof, um psiquiatra que vive nos EUA, desenvolveu um trabalho que ilustra bem a importância da respiração para modificar os nossos estados psicológicos. Este psiquiatra é bem conhecido na área da psicologia do desenvolvimento da consciência e da espiritualidade e é também um pioneiro da psicologia transpessoal. Desenvolveu uma técnica a que chamou respiração holotrópica, que consiste na adoção de uma respiração rápida, que juntamente com outros estímulos e com a repetição deste padrão respiratório durante algum tempo, acaba por produzir uma alteração dos estados psicológicos que leva ao desbloquear de certas memórias e emoções reprimidas.

Muitos estudos indicam que, de fato a respiração abdominal produz um estado de relaxamento que, com o tempo, pode mesmo acabar por reduzir significativamente a tensão e os estados de ansiedade. Na verdade, quando estamos totalmente relaxados, esta respiração surge de uma forma espontânea e natural.

Têm sido feitos alguns estudos acerca dos efeitos calmantes da respiração. A respiração abdominal é usada muitas vezes em psicoterapia para combater estados de ansiedade e ataques de pânico. No início de um ataque de pânico, por exemplo, se formos capazes de fazer algumas respirações abdominais o mais provável é que todos os outros sintomas acabem por não chegar a aparecer e que o ataque acabe mesmo por não ser desencadeado.

No nosso dia a dia temos muitas vezes tendência para respirar apenas com a zona superior dos pulmões, movimentando principalmente a zona do peito. Este tipo de respiração é indicado, por exemplo, quando estamos praticando um exercício físico intenso, porque aí o organismo requer um maior consumo de oxigênio num menor espaço de tempo. Esta forma de respirar provoca também uma ativação do sistema nervoso simpático que leva o organismo a manter um estado de alerta, o que pode ser adequado em algumas situações. Ao fazermos respiração abdominal, pelo contrário, estamos estimulando o sistema parassimpático, responsável pela resposta de relaxamento.

No nosso dia a dia deve haver algum equilíbrio entre estas duas formas de respirar: se usamos sempre a respiração abdominal corremos o risco de nos sentirmos cansados ou sonolentos uma boa parte do tempo; mas, se pelo contrário, usamos sempre a respiração superior (com a zona do peito) podemos facilmente entrar num estado de agitação e tensão constante.

Numa análise realizada num hospital nos EUA (Browm, 1995), verificou-se que de 153 doentes que deram entrada na unidade hospitalar com problemas de coração, a porcentagem de pessoas que respirava predominantemente com a zona superior dos pulmões, a do peito, era de 100%.

Também é importante o ritmo da respiração. Para criar um estado de relaxamento profundo, um ritmo adequado é o que mantém uma proporção 1:2. Isto significa que as expirações terão o dobro do tempo das inspirações, sempre de uma forma confortável, sem nenhum esforço. Durante a fase de expiração os nossos batimentos cardíacos são mais lentos e o diafragma pode relaxar, na sua posição natural, quando os pulmões estão vazios. Ao prolongarmos esta fase acabamos por provocar uma diminuição dos batimentos cardíacos o que, por sua vez, irá desencadear uma resposta de relaxamento em todo o organismo.

Na cultura asiática existe uma certa sabedoria popular que associa o ritmo da respiração ao número de anos de vida, observando, de forma pertinente, que os animais com maior número de respirações por minuto, como os coelhos, por exemplo, vivem menos do que aqueles que respiram mais devagar, como os elefantes.

Sintonizarmo-nos com a respiração também nos ajuda a entrar em sintonia com as partes mais profundas de nós. Alexandre Lowen (1972, p. 44), pai da bioenergética dia que “a respiração guarda o segredo da vida... Na respiração nós participamos inconscientemente da vida maior... A respiração é um processo de expansão e contração que envolve todo o corpo e é, ao mesmo tempo, consciente e inconsciente.” É esta fronteira entre o consciente e o inconsciente, em que a respiração se situa, que também nos permite dar um mergulho para dentro de nós mesmos através da simples observação do seu constante fluir, uma importante técnica de meditação que faz parte de várias escolas espirituais.

Texto de Laura Sanches e Jorge Ferreira.