domingo, 9 de outubro de 2011

Estudo: Meditação Zen pode prevenir o Alzheimer


A prática Zen de “pensar em não pensar”, que nunca foi muito levada a sério pela ciência, poderia ajudar a tratar distúrbios marcados por distração de pensamentos como déficit de atenção (o chamado DDA ou TDAH), hiperatividade, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de ansiedade, depressão e até a prevenir o Alzheimer. As afirmações são de um novo estudo realizado por cientistas da Universidade Emory, em Atlanta, e financiado pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos.
Na pesquisa publicada no site ‘Plos One’, os cientistas descobriram que meses de intenso treinamento em meditação pode aguçar o cérebro das pessoas, fazendo-as mais atentas. Segundo a tradição budista, a meditação Zen desencoraja a divagação mental e solicita ao praticante a manutenção de um foco na postura e respiração, mantendo plena consciência e uma atitude vigilante. A prática deve ser realizada com olhos abertos e em um lugar calmo e se deve descartar serenamente qualquer pensamento que traga distração, deve-se essencialmente “pensar em nada”.
O resultado que os praticantes de meditação esperam alcançar ao longo do tempo é aprender a manter o ‘espírito vagando’ a alcançar uma maior percepção sobre o mundo e sobre si mesmo, conhecendo seus pensamentos inconscientes que podem vir por insigths.
Para estudar tais efeitos da meditação e suas possíveis consequências para o cérebro, os cientistas realizaram testes com 24 pessoas – 12 praticantes de meditação há mais de três anos e 12 que nunca haviam realizado o exercício. Os voluntários tiveram suas atividades neuronais registradas por estudos de imagem cerebral enquanto eram convidados a se concentrarem na própria respiração. De vez em quando, eles tinham que realizar exercícios como distinguir uma palavra em meio a outras exibidas aleatoriamente na tela de um computador e, depois, tentar concentrarem-se o mais possível de volta na respiração.
Os testes realizados em praticantes da meditação demonstram que eles apresentam atividade diferente em um conjunto de regiões cerebrais denominadas rede de modo de ausência (em inglês, network default), que se tornam mais ativas nos momentos de devaneio.
Depois de serem distraídos com o computador, os seus cérebros voltavam mais rapidamente à forma como estavam antes do que os dos participantes que nunca haviam praticado a meditação. Estes resultados, segundo os pesquisadores, apontam que através da prática da meditação seria possível regular a mente através da regulação do corpo, o que significaria um aumento da capacidade de limitar as distrações.
Ao ensinar as pessoas a limpar as suas mentes, a meditação Zen pode ajudar a corrigir os sérios problemas mentais, que são causados por desordem de pensamentos. E esses problemas, como o Alzheimer, o déficit de atenção, a hiperatividade, o transtorno de ansiedade e a depressão, que atingem milhares de pessoas em todo o mundo, poderiam então ser prevenidos, controlados e até combatidos.


Nenhum comentário:

Postar um comentário