sexta-feira, 17 de junho de 2011

"A dança do ventre em minha vida"

Os primeiros passos não foram exatamente uma expressão artística.

Os movimentos desconexos eram inspirados no abstrato, numa tentativa incoerente de unir aquilo tudo que aprendia a movimentar isoladamente.

Desde o início, porém, eu sentia uma força maior que me envolvia.

Os ritmos, o colorido dos véus e os movimentos encantavam-me e me traziam a sensação de uma mistura do sagrado e do profano.

Aos poucos fui despertando para o mundo da dança do ventre e comecei a expressar-me como uma bailarina.

As descobertas foram acontecendo (e ainda acontecem) a cada dia, a cada aula e a cada música explorada, o mesmo movimento se manifestando com nuances diferentes e a inspiração começando a nascer da alma.

Fui descobrindo ao longo do tempo que dançar não é simplesmente retratar movimentos técnicos, mas sim expressar mistérios profundos de nosso ser.

A verdadeira arte da dança do ventre consiste em redescobrir a cada momento a história já impressa por inúmeras mulheres no espetáculo da vida.


Poema escrito por Sandra Oliveira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário